A professora primária de Arte, Maria Terezinha Farias dos Santos (39), foi morta a tiros na porta da escola em que lecionava, a EEB Patrício Teixeira Brasil, no centro de São João Batista. O crime foi praticado pelo ex-marido Valdir Atanásio dos Santos (44), fiscal da prefeitura local. Ele esperou Maria no portão de acesso à escola e fez seis disparos de revólver, à queima-roupa. A professora também era conselheira tutelar e foi eleita com a ajuda do então marido.

A filha menor do casal, assim como outras crianças, professores e pais de alunos que estavam no local, assistiram assustados e incrédulos ao crime. Um dos tiros disparados por Valdir, segundo testemunhas, teria acertado a testa da professora da rede estadual. O fiscal, que estava afastado temporariamente do trabalho, fugiu em direção a Major Gercino, onde disparou um tiro contra a própria cabeça.

A arma, um revólver calibre 32, que foi encontrada por volta de 14 horas junto ao corpo em um sítio, seria a mesma que Valdir utilizou para matar a ex-mulher. Em São João Batista, onde o casal sempre residiu, a consternação tomou conta da população.

O casal se separou no ano passado, chegando a reatar o casamento por um curto período. As ameaças que a professora passou a receber do ex-marido, depois da nova separação, gerou um inquérito policial. A Justiça determinou que ele mantivesse distância da ex-mulher.

Momentos após o corpo da professora deixar o IGP de Brusque, chegava o de Valdir para ser submetido à necropsia.